A língua do cliente
" Rato escaldado " no atual mercado competitivo, quem não inova morre de fome.
Era uma vez uma casa onde vivia o Rei Gato. Era um gatuno exemplar. Não havia um só rato na região que, só de ouvir o miado do gatuno, não se arrepiava todo. O gatuno era realmente ligeiro e os ratos eram presas fáceis.
O tempo foi passando e os ratos criando estratégias cada vez mais inovadoras para fugir do gatuno. A velha armadilha do gato, de pulverizar pela casa um preparado especial que imitava o cheiro do queijo, não fazia mais efeito, pois os ratos estavam escaldados.
Quando o gatuno miava de um lado, os ratos saqueavam a cozinha de outro. A verdade é que o gatuno estava com a auto-estima em baixa e já perdendo alguns quilinhos (ficando meio “raquítico), pois não era todo o dia que conseguia um suculento rato para matar sua fome.
Preocupado com seu futuro, o gatuno foi em busca de quem poderia ajudá-lo. Foi até a Dona Coruja, que gozava de uma boa reputação como consultora daqueles que atravessavam dificuldades. Foram necessárias duas reuniões: – Na primeira Dona Coruja fez muitas perguntas, tomou nota e deixou algumas indagações que o gatuno deveria refletir. – Na segunda reunião, Dona Coruja anotou todas as reflexões do gatuno. A seguir, construíram juntos um novo cenário do ambiente competitivo, o novo posicionamento que o gatuno deveria adotar e, finalmente, as competências necessárias para se manter no mercado.
O gatuno achou o resultado do trabalho excelente e partiu para a implementação. Neste mesmo dia, os ratos combinaram um grande plano para saquear toda a geladeira. Quando se preparavam, ouviram o latir de um cachorro. Era música para seus ouvidos: onde tem cachorro não tem gato pensaram os ratos, portanto . . .
Saíram rapidamente em direção à geladeira e, de repente, se depararam com o gatuno.
Surpresos, foram presas fáceis. Sem entender nada perguntaram: Onde está o cachorro que latia? O gatuno responde: “Não existe cachorro algum. Neste mundo competitivo e em constante transformação é preciso falar uma segunda língua e desenvolver novas competências, se não você morre de fome!”
Será que esta história tem a ver com o atual ambiente de trabalho? Sim, podemos fazer uma série de correlações dela, com as novas competências necessárias para os profissionais que trabalham nas diferentes atividades de uma empresa.
As novas competências valem para quem produz, recebe, paga, controla, administra, entrega, atende, vende etc. Mas, como muitas empresas se queixam das dificuldades encontradas no seu mercado, vamos relacionar nossa história com os profissionais de vendas.
Será que para vender mais, os profissionais de vendas precisam aprender inglês? Ou espanhol? Na verdade, a segunda língua aqui mencionada não é nem o inglês nem o espanhol: É A LÍNGUA DO CLIENTE!!!.
Nota: Para o profissional que não souber relacionar-se em equipe, ter liderança, seguir orientações e encantar no atendimento ao cliente interno e externo, as portas para o andamento da empresa serão de difícil acesso. Até mesmo a apresentação pessoal poderá ser um inibidor de oportunidades.
Pense nisso!
Manuela M. Rodriguez